Uma declaração
do pastor Porto, vice-prefeito de Imperatriz, filiado ao PPS, causou certo
desconforto na pré-candidato ao governo Eliziane Gama. Na rede social twitter,
o ex-vice-governador disse que não suporta mais a pergunta ‘Eliziane vai pra
onde?’. Na mesma rede social, ele respondeu em tom de desabafo que a
parlamentar iria para onde o partido fosse, que “não é ela quem conduz o
partido. É o contrário”. Nessa frase, o vice-prefeito faz referencia à
candidatura de Eliziane, que antes dada como certeza pela parlamentar, agora
parece colocada em xeque diante das palavras e atitudes de alguns membros.
Questionada
sobre a declaração do colega de legenda, a deputada Eliziane Gama afirmou não
ter conversado até o momento com o Pastor Porto e que, portanto, não saberia
interpretar as palavras ditas na internet. “Eu não falei com o pastor Porto
depois dessa declaração, não sei de fato qual a finalidade especifica dessa
fala dele”, disse.
A parlamentar
disse também que irá respeitar a decisão majoritária do partido, mas que até
agora o que se tem votado internamente é a candidatura própria. “Quem manda é o
partido. Se o partido decidir pelo apoio pelo Flávio aí não tem candidatura
própria. Eu vou seguir o que o partido diz. Mas o que se tem hoje já votado no
partido é a candidatura própria e eu vou lutar até o limite por isso”, afirmou
a deputada.
Eliziane
Gama comentou também a participação de alguns membros do PPS como Vieira Lima,
Paulo Matos e Batista Matos, em eventos organizados por outro pré-candidato da
oposição, o comunista Flávio Dino. Ela afirmou que precisa conversar com eles
sobre esses acontecimentos. “Eu não conversei com eles. Soube que o Vieira,
Paulo e o Batista participaram desses eventos, mas não conversei com nenhum
deles sobre essas participações, mas não sei como se deu. Eu preciso ouvir
deles”, declarou a parlamentar.
![]() |
Foto que está causando polêmica: Paulo Matos com Flávio Dino |
Em relação às aparições dos membros do PPS em
eventos do PCdoB, o ex-vereador e membro do PPS, Batista Matos, afirmou que a
participação se deu em tom de eventualidade. “Eu fui convidado a ir ao evento
do Roberto Rocha juntamente com o Vieira Lima porque era um ato de adesão do
Dutra para o Roberto como candidato ao senado. O Paulo havia sido convidado
para o evento do Flávio e Roberto Rocha. Mas todos são candidaturas do campo de
oposição”, disse.
Batista Matos disse ainda que a relação de amizade entre os dois partidos é natural diante da proximidade que sempre tiveram, inclusive com o apoio que foi dado ao PCdoB nas eleições de 2010. “Em 2010 o PPS esteve com o Flávio Dino, não tem porque agora, por mais que esteja construindo uma outra candidatura, criar entre nós um muro. Pelo contrário, tem que haver pontes na política maranhense”, afirmou.
Batista Matos disse ainda que a relação de amizade entre os dois partidos é natural diante da proximidade que sempre tiveram, inclusive com o apoio que foi dado ao PCdoB nas eleições de 2010. “Em 2010 o PPS esteve com o Flávio Dino, não tem porque agora, por mais que esteja construindo uma outra candidatura, criar entre nós um muro. Pelo contrário, tem que haver pontes na política maranhense”, afirmou.
O ex-vereador avaliou também as
condições de candidatura de Eliziane Gama e refletiu que a candidatura própria
da deputada só será referendada dentro do partido se ela conseguir alinhavar as
alianças que deem as condições necessárias. “A Eliziane se comprometeu em
lançar a candidatura dela com o apoio do partido para o governo do estado. Ela
tem procurado apoio do PSB e PSDB. Ocorre que o PSB está praticamente alinhado
à Flávio Dino, resta manter a conversa com o PSDB. Se conseguir o apoio de um
dos dois partidos, a candidatura dela tá mantida, senão não creio que ela
sacrificaria os candidatos ao legislativo para querer se aventurar-se sozinha
ao governo do estado, principalmente pelo tempo de TV e espaço para os outros
candidatos”, avaliou Batista Matos.
DEBATE INTERNO - A presidente do PPS no Maranhão e deputada estadual Eliziane Gama
garantiu que irá reunir os membros do partido para alinhar o discurso sobre o
projeto de candidatura própria. Ela admitiu também que o projeto só será levado
adiante caso consiga atingir um nível de entendimento dentro do partido e também
com outras legendas. “Vamos conversar para tentar ajustar essas informações. O
que temos consolidado hoje é o projeto de candidatura própria. Agora a minha
defesa sempre condicionada é que a candidatura própria seja sempre consolidada,
ampla, com movimentos sociais e partidos. Não se pode fazer uma candidatura
majoritária isolada. Isso eu tenho defendido também”, finalizou.
Fonte: Diego Emir
Nenhum comentário:
Postar um comentário