Deputados Rubens Júnior, Marcelo Tavares, Othelino Neto e Bira do Pindaré |
Os deputados Rubens Júnior
(PCdoB), líder do Bloco de Oposição, Marcelo Tavares (PSB), Othelino Neto
(PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB) usaram a tribuna da Assembleia, na sessão desta
quarta-feira (12), para criticar a proposta do governo do Estado de privatizar
a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema). “É um aluguel às
avessas, o governo do Estado vai dar a Caema em São Luís; ao invés de receber
da empresa, vai pagar por este contrato durante 60 meses”, denunciou Rubens
Júnior.
Segundo Rubens Júnior, a empresa que vai
assumir a Caema é que está elaborando a proposta de contrato, que está estimada
em R$ 175 milhões e contempla somente a Caema de São Luís, a mais abrangente,
não incluindo as filiais dessa empresa no interior do Estado. “A Caema não é
para ser terceirizada. Ao invés de o governo fazer investimentos na Caema, vai
pagar as empresas privadas para fazer o serviço que é do Estado. Qual vai ser o
futuro da empresa? De seus servidores? E o interior do Estado, como fica?”, questionou
Rubens.
De acordo com Rubens Júnior, a empresa que
vai assumir o comando da Caema vai ficar responsável por todas as operações
hoje realizadas por essa empresa, e apresenta metas primárias e secundárias
irrisórias como, por exemplo, a redução de 65% para 45% do desperdício de água
em São Luís. “Hoje nós perdemos 65% da água que chega do Italuís ou dos poços
perfurados na Capital. Produzimos 126 milhões de litros e só são consumidos 40
milhões, 80 milhões vão pelo ralo e o dinheiro público vai junto”, revelou.
Marcelo Tavares afirmou que o governo do
Estado optou pela contratação da empresa para administrar a Caema para fugir à
obrigação de encaminhar a proposta de privatização à apreciação da Assembleia.
“Quando optam por contratar empresa é porque não querem aprovação legislativa,
não querem as discussões”, argumentou.
Marcelo apontou uma série de supostas
ilegalidades na proposta de contratar uma empresa para administrar a Caema,
dentre elas, a de que o governo do Estado não pode sublocar os serviços
prestados pela Caema sem a anuência do município de São Luís, que é o dono da
concessão. “Quem, de fato, e de forma primária é a responsável pelos serviços
da Caema é a Prefeitura de São Luís”, observou.
O deputado Othelino Neto disse que a contratação
de ume empresa para administrar a Caema é mais um caso escandaloso que está
acontecendo no Maranhão, acrescentando que, se de fato se concretizar a
terceirização da Caema, a oposição vai representar junto ao Ministério Público
de Contas e pedir a sustação do contrato para evitar desperdício de milhões de
reais do erário. “Vamos acompanhar com uma lupa e vamos denunciar todo e
qualquer ato desse tipo, que afronta a sociedade”, alertou.
Em aparte ao pronunciamento do deputado
Othelino, o deputado Bira do Pindaré declarou que é uma vergonha a proposta de
privatização da Caema e que tem que ser explicado o porquê der tudo isto. “Qual
é a motivação de um contrato dessa ordem na véspera de uma eleição? O que
justifica um contrato dessa monta? O povo do Maranhão não é bobo. Vamos estar
vigilantes em relação a mais este caso escandaloso em relação ao dinheiro
público no Estado do Maranhão”, comentou.
Agência Assembleia
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