Em primeira entrevista como
candidata do PSB, Marina Silva prometeu que, se eleita, seu esforço será pela
estabilização da economia do país: "Sabemos que os investimentos têm que
acontecer no nosso país e isso vai acontecer quando tivermos uma nova base
política que dê credibilidade"; reafirmou também o compromisso com o
sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e autonomia do Banco Central;
ela criticou ainda a presidente Dilma Rousseff pela crise no setor energético:
"É lamentável que tenhamos desde 2002 a ameaça de apagão. Eu digo
lamentável porque nós temos há 12 anos a mesma pessoa à frente da política
energética do nosso país"
A nova candidata do PSB à
Presidência, Marina Silva, criticou a presidente Dilma Rousseff pela crise no
setor energético e prometeu que, se eleita, seu esforço será pela estabilização
da economia do país.
"Sabemos que os
investimentos têm que acontecer no nosso país e isso vai acontecer quando
tivermos uma nova base política que dê credibilidade para os
investimentos", disse Marina em sua primeira entrevista coletiva depois de
o PSB formalizar sua candidatura à Presidência.
"Poderemos combinar os
instrumentos da macroeconomia com a microeconomia para que o Brasil possa
voltar à estabilidade econômica, esse será o nosso esforço", acrescentou a
ex-senadora, que substituiu Eduardo Campos, morto num acidente aéreo na semana
passada, como cabeça de chapa do PSB.
Marina reafirmou também o
compromisso com o sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e autonomia do
Banco Central, lembrando que já defendia essas posições em 2010, quando foi
candidata à Presidência pelo PV e teve quase 20 milhões de votos.
A candidata também repetiu o
compromisso com as reformas anunciadas por Campos, como a tributária, e mostrou
confiança de que poderão ser realizadas com o apoio da sociedade brasileira.
Ela defendeu as conquistas
alcançadas pelo país com os governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
--controle da inflação-- e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) --redução das
desigualdades sociais--, mas foi bastante dura ao criticar Dilma, lembrando que
Campos dizia que a presidente vai entregar um país pior do que recebeu.
E partiu para o ataque contra a
petista, que busca a reeleição, quando falou sobre a crise do setor energético.
"É lamentável que tenhamos
desde 2002 a ameaça de apagão. Eu digo lamentável porque nós temos há 12 anos a
mesma pessoa à frente da política energética do nosso país, inicialmente como
ministra (de Minas e Energia), depois como chefe da Casa Civil e agora como
presidente da República", disparou.
Marina disse que irá resolver o
problema de "forma estrutural" e defendeu um maior uso de energias
alternativas, mas admitiu que tudo isso não é algo "que se faça da noite
para o dia".
Pesquisa Datafolha divulgada na
madrugada de segunda-feira mostrou no cenário de primeiro turno Dilma com 36
por cento das intenções de voto, seguida por Marina com 21 por cento e Aécio
Neves, candidato do PSDB, com 20 por cento. A margem de erro da sondagem é de 2
pontos percentuais.
Em simulação de um eventual
segundo turno com a presidente Dilma, Marina apareceu na pesquisa com 47 por
cento contra 43 por cento da petista.
Na entrevista, Marina falou
ainda de um assunto sensível para ela, ambientalista conhecida por suas
posições firmes. Questionada se faria mudanças no novo Código Florestal, a
candidata defendeu sua implementação. Mas lembrou que as leis que não são
cláusulas pétreas e estão sujeitas a alterações.
"Nesse momento nosso
compromisso é de implementar (o código), que infelizmente não está sendo
implementado."
Fonte: Brasil 247
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