Deputado Beto Albuquerque foi
anunciado como vice da chapa
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Beto Albuquerque, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, e Marina Silva |
Marina Silva foi confirmada
como candidata à Presidência pelo PSB no lugar de Eduardo Campos, morto há uma
semana em um acidente de avião em Santos. O deputado gaúcho Beto Albuquerque
será o vice da chapa. O anúncio foi recebido com gritos de militantes e
lideranças do partido, que entoaram "Eduardo presente, Marina
presidente!" no diretório do partido, em Brasília.
O nome de Marina foi confirmado
pelo presidente do partido, Roberto Amaral, depois de três horas de reunião,
sem a presença da candidata. Ela chegou à sede do PSB por volta das19h50min,
apenas para o anúncio de sua candidatura, e deixou o local cinco minutos depois
das 20h.
Apesar da indicação oficial do
PSB, a formalização da candidatura só ocorrerá depois de uma reunião com os
demais partidos da coligação para homologar a chapa — prevista para ocorrer na
manhã de quinta-feira — e do registro dos nomes na Justiça Eleitoral. Todo o
processo deve ser realizado nesta quinta.
Escolhido para ser o vice na
chapa de Marina Silva na disputa pela presidência, o deputado Beto Albuquerque
foi o primeiro a falar. Ele garantiu que a nova dobradinha do PSB seguirá o
plano de governo e as ideias defendidas por Eduardo Campos.
— Eduardo sempre dizia “nunca
podemos deixar nada pela metade”. Estamos aqui para não deixar as coisas pela
metade. Estamos aqui para levar o legado de Eduardo adiante, para realizar as
mudanças que o Brasil deseja e impõe — disse o candidato.
O gaúcho ainda lembrou que teve
duas grandes perdas na vida, o filho Pietro, vítima de leucemia, e Eduardo
Campos. E que transformou a derrota em perder o filho para a doença em uma
vitória para o país, por meio da Lei Pietro, que estabeleceu a Semana Nacional
de Doação de Medula Óssea, realizada anualmente entre os dias 14 e 21 de
dezembro, com o objetivo de incentivar o cadastro da população no Registro
Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
— Queremos aposentadoria às
velhas raposas da política brasileira — lembrou Beto, em alusão à conhecida
frase de Campos.
Bastante emocionada, Marina
teve de interromper a leitura de seu discurso duas vezes para conter o choro.
_ Exalto a todos para que
saiamos do trauma da tragédia, para nos entendermos. Devemos isso ao Eduardo e
ao povo brasileiro. Não vamos desistir do Brasil — afirmou a candidata.
Sobre a convivência intensa com
Campos durante o período de campanha eleitoral, Marina afirmou que a união dos
dois não era “para dividir um palanque, mas para compartilhar um legado”.
— A despedida de Eduardo foi a
afirmação da dignidade na política e devemos partilhá-la — disse Marina, antes
de se dirigir para uma entrevista coletiva com jornalistas.
Fonte: Zero Hora
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