A opção de Marina Silva (PSB)
por Aécio Neves (PSDB) resulta de vários fatores.
Um deles, decisivo, foi o
excesso de bombardeio do PT.
Quando Marina começou a
crescer, virou o alvo principal de Lula, sendo rapidamente destruída.
Enquanto abatia Marina, o PT
não contava com o crescimento surpreendente de Aécio Neves – o alvo secundário.
No cenário de segundo turno,
não há mais clima para uma reconciliação entre petistas e marineiros.
Calculando os prejuízos, a
candidata do PSB enxerga um desgaste maior se voltar aos braços do PT.
Marina olha para a frente. Ela
pretende se credenciar para novas disputas. Na estratégia da guerra, derrotar o
PT agora faz parte do plano de criação do novo partido onde Marina será
imperadora – a Rede Sustentabilidade.
Ela apoia Aécio agora e pode
ser adversário dele depois.
Embalada no que chama de “nova
política”, Marina quer abater o PT para inflar a Rede Sustentabilidade.
Por isso o apoio a Aécio.
A "nova política" tem a cara da velha direita.
Marina é a contradição em
movimento.
Ambientalista, opta pelo
candidato do agronegócio.
Humanista, prefere o
liberalismo cruel.
Próxima do ideal socialista,
ela acolhe o príncipe do capital.
Alianças se fazem entre
diferentes. É assim a arte da política.
O programa de governo de Marina
Silva é bem mais próximo do PT. Mas, na estratégia de tomada do poder, ela vai
de Aécio.
Para enfrentá-lo depois.
Fonte: Blog do Ed Wilson
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