Seu
desempenho foi listado como condição para virar o vento desta semana
Os
eleitores é que decidem quem ganhou e quem perdeu o debate da Band, se é que
houve isso, e o resultado deve aparecer ainda hoje nas pesquisas. Mas é certo
que, depois da primeira semana indiscutivelmente favorável a Aécio, com as
adesões e as delações criando uma onda claramente favorável ao tucano, a
presidente-candidata Dilma retomou a ofensiva e pautou mais os temas do
debate. Para virar o vento na segunda semana, como dissemos aqui, o
comando de campanha apostava em três movimentos: um bom desempenho de Dilma no
debate, a volta de Lula à cena eleitoral e o reaquecimento da militância. Este
último ponto é que não parece confirmado. O vermelho ainda é desbotado nas
ruas.
Um
sinal claro do bom desempenho de Dilma foi a reação matinal do mercado, com a
bolsa caindo e o dólar subindo. Ambos
falaram mais para suas militâncias, dando a linha de campanha para o próximos
dias, do que para os eleitores. E ambos adotaram como prioridade a
desconstrução do adversário.
Aécio esforçou-se para desconstruir o governo de Dilma. Ela,
a imagem dele. O teor, todo mundo viu ou já leu a respeito. Ele atacou
chamando-a de mentirosa, leviana, pespegando falas sobre corrupção, inflação,
problemas de saúde e segurança. Ela revidou lembrando os escândalos da era
tucana e desemprego alto, acusou-o de nepotismo e ressuscitou o caso do
aeroporto. Quem saiu mais lanhado? Cada torcida acha que foi o adversário.
Veremos. Agora, com o vento um pouco virado, graças a um
desempenho de Dilma que surpreendeu até os petistas mais desanimados. Por
conhecê-los há muito tempo, sei quando estão muito nervosos. Dilma começa a
tropeçar na construção das frases, atropela a regência e a concordância. Fez
isso bem menos que em outras ocasiões, mas fez algumas vezes. Aécio tem seu
riso de nervoso, que não é o seu sorriso espontâneo. E seu riso de nervoso soa
como ironia ou escárnio. Só faltou mesmo dedo no olho.
Fonte: Tereza Cruvinel
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