quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Debate: Dilma retomou ofensiva

Seu desempenho foi listado como condição para virar o vento desta semana
Os eleitores é que decidem quem ganhou e quem perdeu o debate da Band, se é que houve isso, e o resultado deve aparecer ainda hoje nas pesquisas. Mas é certo que, depois da primeira semana indiscutivelmente favorável a Aécio, com as adesões e as delações criando uma onda claramente favorável ao tucano, a presidente-candidata Dilma retomou a ofensiva e pautou mais os temas do debate.   Para virar o vento na segunda semana, como dissemos aqui, o comando de campanha apostava em três movimentos: um bom desempenho de Dilma no debate, a volta de Lula à cena eleitoral e o reaquecimento da militância. Este último ponto é que não parece confirmado. O vermelho ainda é desbotado nas ruas.
Um sinal claro do bom desempenho de Dilma foi a reação matinal do mercado, com a bolsa caindo e o dólar subindo. Ambos falaram mais para suas militâncias, dando a linha de campanha para o próximos dias, do que para os eleitores. E ambos adotaram como prioridade a desconstrução do adversário.
Aécio esforçou-se para desconstruir o governo de Dilma. Ela, a imagem dele. O teor, todo mundo viu ou já leu a respeito. Ele atacou chamando-a de mentirosa, leviana, pespegando falas sobre corrupção, inflação, problemas de saúde e segurança. Ela revidou lembrando os escândalos da era tucana e desemprego alto, acusou-o de nepotismo e ressuscitou o caso do aeroporto. Quem saiu mais lanhado? Cada torcida acha que foi o adversário.
Veremos. Agora, com o vento um pouco virado, graças a um desempenho de Dilma que surpreendeu até os petistas mais desanimados. Por conhecê-los há muito tempo, sei quando estão muito nervosos. Dilma começa a tropeçar na construção das frases, atropela a regência e a concordância. Fez isso bem menos que em outras ocasiões, mas fez algumas vezes. Aécio tem seu riso de nervoso, que não é o seu sorriso espontâneo. E seu riso de nervoso soa como ironia ou escárnio. Só faltou mesmo dedo no olho.
Fonte: Tereza Cruvinel


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