Lula é sempre a sensação nas
convenções do PT, o mais aplaudido e aquele que faz a militância levantar o
ânimo e relembrar o entusiasmo de 89. "Olê, olê, olé, olá, Lula,
Lula..." cantam, invariavelmente. Natural. É a maior liderança e quem dá o
tom dos discursos na rua e nas campanhas. Não foi diferente na convenção deste
sábado que oficializou a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.
Com a camiseta branca do PT por baixo do paletó, ele falou pouco para os seus padrões, mas mandou a mensagem. A primeira delas, contestando uma afirmação feita minutos antes pelo presidente do PT, Rui Falcão, de que esta é uma eleição muito difícil para o partido. "Temos de mudar nosso discurso e não colocar tanta dificuldade", afirmou. "O que vai ganhar a eleição é a nossa adrenalina, cada vez que formos para a rua com a camiseta do PT".
Com a camiseta branca do PT por baixo do paletó, ele falou pouco para os seus padrões, mas mandou a mensagem. A primeira delas, contestando uma afirmação feita minutos antes pelo presidente do PT, Rui Falcão, de que esta é uma eleição muito difícil para o partido. "Temos de mudar nosso discurso e não colocar tanta dificuldade", afirmou. "O que vai ganhar a eleição é a nossa adrenalina, cada vez que formos para a rua com a camiseta do PT".
Lula disse o que já vem falando em outros encontros
políticos: que os petistas não devem temer o embate sobre corrupção. "Vejo
muitos companheiros preocupados com o debate sobre corrupção. Não precisa
ficar. Nunca nenhum governo criou tantas leis para combater a corrupção",
ensinou.
Logo depois, Lula, de forma bem discreta, contestou
o slogan preparado pelo marketing político. "Muda mais e mais
futuro". Ele discordou. "Nada de futuro. Essa é uma eleição em que
nós militantes temos de ir para a rua; uma eleição se ganha com um bom programa
e mostrando o que fizemos nestes 12 anos. Precisamos saber de cor e salteado o
que fizemos nestes 12 anos e comparar com o que eles fizeram em 500 anos".
E aí estava de novo o "nós e eles", uma polarização que Lula gosta de
repetir.
E foi adiante: "Para eles, mulher é para ser
objeto de cama e mesa; para nós, é para fazer política e mandar neste
país". Só não disse quem eram "eles".
Por Cristiana Lôbo
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