Prefeito
Eduardo Paes lembra orgias do deus do vinho, Baco, para definir cena eleitoral
no Rio de Janeiro; marineiro Alfredo Sirkis chama de "suruba" a
consolidação das alianças partidárias; aliados da presidente Dilma Rousseff
fortalecem os principais adversários dela; governador Luiz Fernando Pezão leva
antecessor Sergio Cabral a sair da disputa pelo Senado para ter como candidato
o ex-adversário Cesar Maia, do DEM; chapa Aezão, criada por Jorge Picciani,
presidente regional da legenda, se fortalece; petista Lindbergh Farias atrai
deputado federal Romário (PSB) como candidato a senador e, na prática, firma
aliança com presidenciável Eduardo Campos; é o Carnaval fora de época e
proibidão?
A troca
de alianças entre partidos atingiu no Rio de Janeiro um novo estágio.
Classificado de "bacanal eleitoral" pelo prefeito Eduardo Paes e como
"suruba" pelo deputado federal Alfredo Sirkis (PSB), esse é o nível
em que vai sendo posicionada a rodada definitiva de acordos para as eleições a
presidente, governador e senador.
No final de semana, os chefes partidários transformaram o
que parecia ser, no máximo, um carnaval animado numa festa com cenas as mais
inusitadas. Mesmo líder nas pesquisas para a eleição ao Senado, o ex-governador
Sergio Cabral, que sempre se mostrou aliado da presidente Dilma Rousseff, abriu
mão de sua candidatura para permitir a entrada do ex-adversário Cesar Maia, do
DEM, na coligação regional.
Sob a bandeira da chamada chapa Aezão, que pede o voto para
o tucano Aécio Neves e o governador peemedebista Luiz Fernando Pezão, Maia será
o candidato a senador. "Promete pedir voto para você com a mesma ênfase
que farei por meus companheiros de partido", disse Pezão para Cesar Maia
no ato que selou a nova amizade.
Enquanto isso, noutro movimento surpreendente, e mais uma
vez contra os interesses da presidente Dilma, o candidato petista ao governo,
senador Lindbergh Farias, atraiu para sua chapa o deputado federal Romário
(PSB), que será candidato a senador. Com isso, Lindbergh fortaleceu no Rio o
presidenciável Eduardo Campos, que passa a ter um palanque mais forte.
A aliança entre o PT e o PSB no Estado levou o deputado
federal Alfredo Sirkis, um dos mais ligados à ex-ministra Marina Silva, a
chamar o acordo de "suruba", usando uma imagem ainda mais forte que a
empregada pelo prefeito Paes. Este, aliás, parece estar afivelando as malas
para encontrar um novo partido para atuar.
Para o deputado federal Anthony Garotinho (PR), líder nas
pesquisas de intenção de voto para governador, o resultado das mexidas é o risco
de isolamento de Dilma no terceiro maior colégio eleitoral do País.
Fonte: Brasil 247
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