segunda-feira, 23 de junho de 2014

“Bacanal Eleitoral” cria desafio para Dilma no Rio

Prefeito Eduardo Paes lembra orgias do deus do vinho, Baco, para definir cena eleitoral no Rio de Janeiro; marineiro Alfredo Sirkis chama de "suruba" a consolidação das alianças partidárias; aliados da presidente Dilma Rousseff fortalecem os principais adversários dela; governador Luiz Fernando Pezão leva antecessor Sergio Cabral a sair da disputa pelo Senado para ter como candidato o ex-adversário Cesar Maia, do DEM; chapa Aezão, criada por Jorge Picciani, presidente regional da legenda, se fortalece; petista Lindbergh Farias atrai deputado federal Romário (PSB) como candidato a senador e, na prática, firma aliança com presidenciável Eduardo Campos; é o Carnaval fora de época e proibidão?

A troca de alianças entre partidos atingiu no Rio de Janeiro um novo estágio. Classificado de "bacanal eleitoral" pelo prefeito Eduardo Paes e como "suruba" pelo deputado federal Alfredo Sirkis (PSB), esse é o nível em que vai sendo posicionada a rodada definitiva de acordos para as eleições a presidente, governador e senador.
No final de semana, os chefes partidários transformaram o que parecia ser, no máximo, um carnaval animado numa festa com cenas as mais inusitadas. Mesmo líder nas pesquisas para a eleição ao Senado, o ex-governador Sergio Cabral, que sempre se mostrou aliado da presidente Dilma Rousseff, abriu mão de sua candidatura para permitir a entrada do ex-adversário Cesar Maia, do DEM, na coligação regional.
Sob a bandeira da chamada chapa Aezão, que pede o voto para o tucano Aécio Neves e o governador peemedebista Luiz Fernando Pezão, Maia será o candidato a senador. "Promete pedir voto para você com a mesma ênfase que farei por meus companheiros de partido", disse Pezão para Cesar Maia no ato que selou a nova amizade.
Enquanto isso, noutro movimento surpreendente, e mais uma vez contra os interesses da presidente Dilma, o candidato petista ao governo, senador Lindbergh Farias, atraiu para sua chapa o deputado federal Romário (PSB), que será candidato a senador. Com isso, Lindbergh fortaleceu no Rio o presidenciável Eduardo Campos, que passa a ter um palanque mais forte.
A aliança entre o PT e o PSB no Estado levou o deputado federal Alfredo Sirkis, um dos mais ligados à ex-ministra Marina Silva, a chamar o acordo de "suruba", usando uma imagem ainda mais forte que a empregada pelo prefeito Paes. Este, aliás, parece estar afivelando as malas para encontrar um novo partido para atuar.
Para o deputado federal Anthony Garotinho (PR), líder nas pesquisas de intenção de voto para governador, o resultado das mexidas é o risco de isolamento de Dilma no terceiro maior colégio eleitoral do País.
Fonte: Brasil 247


Nenhum comentário:

Postar um comentário