No
Maranhão, a exemplo do pai, Roseana Sarney desistiu de uma candidatura ao
Senado para cuidar da saúde e ficar mais com a família
As
eleições de 2014 irão marcar a despedida de políticos de peso da vida pública.
Eleitos em 2010, os governadores Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro,
Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão, Cid Gomes (Pros), do Ceará, Jaques Wagner
(PT), da Bahia, Rosalba Ciarlini (DEM), do Rio Grande do Norte, Teotônio Vilela
Filho (PSDB), de Alagoas, e Siqueira Campos (PSDB), do Tocantins, não irão
concorrer a nenhum cargo eletivo neste ano.
O
ex-governador do Rio deixou o cargo para o vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), em
abril deste ano. Inicialmente, a intenção de Cabral era se candidatar ao
Senado, mas ele abdicou da candidatura para apoiar César Maia. Em troca,
garantiu o apoio do DEM à candidatura de Pezão ao governo do Estado.
Eleito
governador em 2006 e reeleito no primeiro turno em 2010 com mais de 66% dos
votos válidos, Cabral viu sua popularidade despencar nos últimos anos. Segundo
pesquisa Datafolha realizada em novembro de 2013, a aprovação do pemedebista
caiu 35 pontos percentuais em três anos, de 55% para 20%.
Próximo
ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cabral chegou ser cogitado como uma
possível alternativa do PMDB a candidaturas presidenciais petistas.
Episódios
como a divulgação das fotos dele com o empresário Fernando Cavendish, da Delta,
o uso do helicóptero por familiares do ex-governador, a morte do pedreiro
Amarildo Souza, além dos protestos ocorridos a partir de junho de 2013, que
tiveram o Rio como um dos epicentros, contribuíram para a derrocada de Cabral.
Fora da
vida política, Cabral poderá realizar um antigo desejo: se candidatar à
presidência do Vasco em agosto deste ano, tendo como adversário Eurico Miranda.
A baixa
popularidade também minou Rosalba Ciarlini, governadora que teve a pior
avaliação entre todos os governadores do país, segundo pesquisa CNI/Ibope.
Apesar de estar no primeiro mandato e poder se candidatar à reeleição, o DEM
vetou o nome de Rosalba. Caso semelhante ocorreu em Alagoas e no Tocantins,
onde Teotônio Vilela e Siqueira Campos, ambos com baixa aprovação, desistiram
de concorrer ao Senado.
Jaques
Wagner e Cid Gomes não poderiam tentar a reeleição ao governo, já que cumpriram
dois mandatos. Na Bahia, o PT escolheu a candidatura de Rui Costa. No Ceará, os
irmãos Gomes indicaram o nome do petista Camilo Santana para a disputa.
No
Maranhão, a exemplo do pai, Roseana Sarney desistiu de uma candidatura ao
Senado para cuidar da saúde e ficar mais com a família. O candidato do grupo
político comandado pela família Sarney será o senador Edison Lobão Filho
(PMDB).
REELEIÇÃO - Por
outro lado, governadores de 16 Estados e do Distrito Federal, entre os que
foram eleitos em 2010 ou herdaram os cargos, irão tentar se reeleger nas
eleições deste ano.
PSDB e
PSB possuem o maior número de candidatos à reeleição, com quatro governadores
cada. Os tucanos são Geraldo Alckmin (SP), Beto, Richa (PR), Marconi Perillo
(GO) e Simão Jatene (PA). Já o PSB tentará reeleger Renato Casagrande (ES),
Ricardo Coutinho (PB), Camilo Capiberibe (AP) e Chico Rodrigues (RR).
O PMDB
tem três candidatos à reeleição: Jackson Barreto (SE), Confucio Moura (RO) e
Luiz Fernando Pezão (RJ). Os petistas também são três: Tarso Genro (RS), Agnelo
Queiroz (DF) e Tião Viana (AC). Completam a lista Raimundo Colombo (PSD), em
Santa Catarina; José Melo de Oliveira (Pros), no Amazonas; e Sandoval Cardoso
(Solidariedade), no Tocantins.
Fonte: Uol
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