Ao todo, 623 políticos aguardam decisões
que podem mudar quadro eleitoral
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Waldez Góes (PDT-AP) é um dos que está com situação indefinida |
Mesmo após as eleições, 623 políticos continuam com
a situação de suas candidaturas indefinida. A solução desses casos poderá
promover uma dança das cadeiras entre os eleitos. Desses, pelos menos 28 se
elegeram, mas enfrentam recursos na Justiça Eleitoral. Entre eles há três
governadores: Raimundo Colombo (PSD-SC), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Waldez
Góes (PDT-AP).
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos
1.793 recursos enviados à Corte, 53 sequer foram apreciados até quarta-feira;
os demais tiveram sua situação analisada ao menos uma vez. O TSE espera julgar
todos até a diplomação, em 19 de dezembro.
Colombo foi impugnado por um adversário que
questionou a candidatura de todos os nomes do PDT, da coligação dele, sob
alegação de que “a convenção partidária foi realizada por órgão de direção que
não possui legitimidade para deliberar sobre a escolha de candidatos”, o que
incluiu o governador.
Góes também teve a candidatura impugnada por um
oponente, o suplente de deputado estadual Raimundo Sousa (PSB). Segnudo Sousa,
Waldez não apresentou certidão de bens condizente com o que possui.
Miranda teve a candidatura questionada pelo
Ministério Público Eleitoral. Segundo o órgão, ele teve contas rejeitadas por
irregularidades insanáveis pela Assembleia Legislativa de Tocantins, o que
caracterizaria ato doloso de improbidade administrativa. Assim, deveria ser
enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Ainda segundo o MPE, ele teria foi condenado
pelo TSE por abuso de poder nas eleições de 2006.
TRÊS ACEITARAM CANDIDATURAS - Os Tribunais
Regionais Eleitorais não aceitaram as impugnações desses candidatos. Porém,
como ainda há recursos das partes envolvidas, o registro segue no TSE à espera
de uma decisão.
Entre os estados com mais políticos em situação
indefinida destacam-se o Rio, em primeiro com 212 casos, e São Paulo, com 126.
Os candidatos com destino incerto se dividem entre os que têm status
“indeferido com recurso” (494), os “deferidos com recurso” (127), e os
“substitutos pendentes de julgamento” (2).
No caso dos primeiros, que sequer conseguiram o
registro, caso tenham o nome aprovado pelo TSE e votos suficientes para se eleger,
poderão ocupar o cargo. Já os deferidos com recurso, se forem rejeitados pela
Justiça Eleitoral, poderão perder o direito ao cargo e ser substituídos, caso
dos três governadores.
Fonte: O Globo
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