A
disputa ao Senado em todo o Brasil terminou com um prejuízo de R$ 10,8 milhões,
conforme dados tabulados com base na prestação final de contas dos candidatos
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na quinta-feira, o iG mostrou que os
candidatos aos governos estaduais que não conseguiram chegar ao segundo turno e
os governadores eleitos em primeiro turno terminaram a disputa com um déficit
de R$ 96 milhões.
Das 177 pessoas que participaram da disputa ao
Senado, 20 gastaram mais do que arrecadaram. Outros 53 declararam que custearam
exatamente o mesmo montante que levantaram em campanha e 74 gastaram menos do
que arredaram. Estes candidatos que terminaram a campanha com fluxo de caixa no
azul terão que destinar os recursos ao fundo partidário. Outros 30 candidatos
ainda não prestaram contas com a Justiça Eleitoral e estão passíveis de
punições, como o pagamento de multa ou até o indeferimento de um novo registro
de candidatura.
De todos os 177 candidatos ao Senado, os que
tiveram os maiores prejuízos o deputado federal Rogério Carvalho (PT), que
entrou na disputa ao Senado por Sergipe; o deputado estadual cearense Mauro
Benevides Filho (PROS); o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia (PMDB); o
ex-prefeito de Vitória (ES) João Coser (PT) e Paulo Bornhausen (PSB),
ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa
Catarina. Nenhum dos cinco maiores devedores se elegeu.
Ao final da disputa, Rogério Carvalho acumulou
dívidas de R$ 2,5 milhões. Mauro Benevides, terminou a disputa com dívidas de
R$ 2,4 milhões. Maia acumulou um déficit de R$ 1,6 milhões; Coser de R$ 1,3
milhões e Bornhausen de R$ 659 mil.
Dos candidatos que arcaram com prejuízos na
campanha deste ano, houve situações como a da suplente de deputada federal
Marina Sant'Anna, que teve um prejuízo de exatos três centavos na campanha. Ela
arrecadou R$ 1.713.890,81 e gastou R$ 1.713.890,84.
CAROS X ECONÔMICOS - De todas as campanhas, a mais cara foi a de
Antônio Anastasia (PSDB), na disputa por uma vaga ao Senado por Minas Gerais. O
tucano gastou R$ 18,3 milhões. Mas ele arrecadou cerca de R$ 30 mil a menos do
que gastou na disputa. A campanha do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab
(PSD), custou R$ 15,2 milhões e foi a segunda mais cara. No entanto, Kassab
afirmou à Justiça Eleitoral que gastou exatamente aquilo que ele levantou.
O ex-ministro José Serra (PSDB) teve a terceira
campanha ao Senado mais cara do país: R$ 10,7 milhões. No entanto, o tucano não
teve prejuízo. Ele conseguiu arrecadar cerca de R$ 500 a mais do que ele gastou
na campanha.
Do outro lado, 35 candidatos afirmaram que gastaram
menos de R$ 10 mil na disputa ao Senado e seis deles declararam à Justiça
Eleitoral que fizeram uma campanha com menos de R$ 1 mil. O sindicalista e
candidato ao Senado pelo Maranhão, Marcos Silva, teve a campanha ao Senado mais
barata do país.
Ele disse que gastou, somente, R$ 130. Esses
valores são referentes à contratação de um auxiliar de campanha. Silva,
entretanto, arrecadou R$ 2.130, tendo um lucro de R$ 2 mil.
Élber Sampaio (Psol) teve a segunda campanha mais
econômica do país. Na disputa ao Senado por Goiás, ele gastou somente R$ 340.
Esse valor é referente a gastos com combustíveis.
Fonte: IG
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