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Anúncio foi feito pelo senador
Aécio Neves, presidente do Partido
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O senador e presidente nacional
do PSDB, Aécio Neves (MG), disse nesta segunda-feira (27) que "na próxima
semana, o PSDB começa a veicular inserções de 30 segundos convocando 'os
indignados' com a crise a participar da manifestação nacional marcada pelos
movimentos de rua, para o dia 16 de agosto". O ato organizado por movimentos
golpistas pedirá o impeachment da presidente Dilma Rousseff nas ruas, como já
fez em outras ocasiões. Aécio, que chegou a ser chamado de traidor por esses
ativistas nas outras manifestações, em que não esteve presente, desta vez
entrou de cabeça na causa.
O tucano também malhou a
iniciativa da presidente Dilma Rousseff de querer realizar uma reunião com os
governadores para propor um pacto da governabilidade e discutir o projeto de
reforma do ICMS. Para o tucano, se Dilma não conseguir levar o seu mandato até
o fim, a culpa é dela própria, e não da oposição. Segundo Aécio, a ideia é uma
tentativa de "dividir a crise" e constranger os governadores ao
obrigá-los a participar do encontro, previsto para a próxima quinta-feira em
Brasília.
"O constrangimento chega
ao inimaginável de ameaças veladas e de trazer a Brasília os governadores para
dar apoio a presidente Dilma para tirar uma fotografia e simular apoio por uma
coisa com a qual não tem nada a ver. Essa reunião é uma busca de socorro de
alguém que quer que lhe joguem uma boia salva-vidas. O que a presidente tem é
de fazer um mea-culpa para ver se recupera um pouco da credibilidade que ainda
lhe resta", disparou.
O parlamentar negou que o PSDB
esteja dividido em relação às ações a serem tomadas para tentar tirar a
presidente do poder, como o impeachment, a cassação do diploma da chapa de
Dilma e do vice, Michel Temer (PMDB), ou ainda deixá-la completar o mandato até
o fim, em 2018, discurso disseminado por tucanos mais moderados, como os
governadores Geraldo Alckmin (São Paulo), Marconi Perillo (Goiás) e Simão
Jatene (Pará).
Segundo Aécio, no entanto, o
que se fala hoje nos botecos e nas esquinas é apenas um assunto: não se sabe se
Dilma ficará no cargo até o fim deste ano. Sobre o projeto de assumir a
presidência, assegurou que "se um dia tiver a oportunidade de ser
presidente da República, será unicamente pelo caminho do voto, não por outra
saída qualquer".
O presidente do PSDB também
criticou a suposta tentativa do governo e do PT, por meio do ex-presidente
Lula, segundo noticiou a Folha, de se aproximar da oposição, e disseminou o
discurso feito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no fim de semana.
"Fernando Henrique deu o tom certo: quem pariu Mateus que o embale. Não
nos culpem. A instabilidade que atravessam é obra desse governo. Isso não é
mais um governo. É um arremedo de governo e o desfecho da presidente Dilma é
responsabilidade exclusiva dela, não das oposições", afirmou. Ele também
descartou qualquer possibilidade de diálogo: "Não se conversa com quem não
se confia. E nós não confiamos no PT".
"O que vai acontecer
depende mais do governo e do PT do que dos partidos de oposição. O que queremos
é que as instituições funcionem e façam o seu trabalho. Eu digo uma coisa: se
um dia eu tiver a oportunidade de ser presidente da República, será unicamente
pelo caminho do voto, não por outra saída qualquer. Mesmo porque ninguém
conseguirá enfrentar a profunda crise que atravessamos, se não for legitimado
pelo voto. Para nós o calendário de 2018 sempre foi o mais adequado, mas a
presidente Dilma só agrava a situação a cada dia, o que deixa a incerteza de
cumprir seu mandato até o final", afirmou.
Fonte: Brasil 247
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