Índice de 2014 ficou
praticamente inalterado em relação a 2013. De 2003 a 2014, lixo aumentou 29%;
crescimento populacional foi de 6%
Mesmo com o fim do prazo para a
aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 2014, a situação
do destino do lixo no Brasil pouco se alterou. Se, em 2013, 41,7% do lixo era
depositado em locais considerados inadequados (lixões e aterros controlados),
em 2014, essa parcela foi de 41,6%, redução de apenas 0,1 ponto percentual.
Nos últimos 11 anos, o aumento
da geração de lixo no país foi muito maior do que o crescimento populacional.
De 2003 a 2014, a geração de lixo cresceu 29%, enquanto a taxa de crescimento
populacional foi de 6%.
Mesmo com a retração econômica,
o ano de 2014 registrou um aumento da produção de lixo por pessoa em comparação
ao ano anterior. Cada brasileiro produziu em média 1,062 kg de resíduos sólidos
por dia. Ao longo do ano, foram 387,63 kg de lixo per capita, aumento de 2% em
relação a 2013.
Os dados são do Panorama dos
Resíduos Sólidos no Brasil de 2014, feito pela Associação Brasileira das
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Ao todo, foram produzidos
78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos no Brasil em 2014.
AUMENTO
DA COLETA SELETIVA - Segundo o diretor-presidente da Abrelpe,
Carlos Silva Filho, as iniciativas de coleta seletiva tem aumentado: em 2014,
65% dos municípios brasileiros tinham alguma ação de coleta seletiva, seja
pública ou privada. Em 2010, esse número era de 57,6%.
No entanto, isso não tem
refletido em um aumento dos índices de reciclagem, que permanecem próximos da
estagnação desde 2009, segundo Silva Filho.
POUCA
EVOLUÇÃO QUANTO AOS LIXÕES - O panorama mostra ainda que houve pouca
evolução quanto à eliminação de lixões, forma irregular de descarte de lixo. Em
2014, 1.559 municípios brasileiros ainda tinham lixões.
Os dados foram obtidos por meio
de uma pesquisa direta com 400 municípios que, ao todo, possuem 91.764.305
habitantes.
POLÍTICA
NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS - A PNRS tem como prioridades
a redução do volume de resíduos gerados, a ampliação da reciclagem, aliada a
mecanismos de coleta seletiva com inclusão social de catadores e a extinção dos
lixões. Além disso, prevê a implantação de aterros sanitários que receberão
apenas dejetos, aquilo que, em última instância, não pode ser aproveitado.
Esses aterros, por sua vez,
deverão ser forrados com manta impermeável para evitar a contaminação do solo.
O chorume, líquido liberado pela decomposição do lixo, deverá ser tratado. O
gás metano que resulta da decomposição do lixo, que pode explodir, terá que ser
queimado.
De acordo com o Ministério do
Meio Ambiente, os instrumentos da PNRS ajudarão o país a reciclar 20% dos
resíduos já em 2015. Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
(SNIS), referentes a 2012 e que são os mais recentes, apontam que só 3,1% do
lixo gerado no país naquele ano foi destinado à coleta seletiva e que 1,5% dos
resíduos domiciliares e públicos foram recuperados.
Fonte: G1
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