sexta-feira, 4 de abril de 2014

Um infame das sombras se manifesta

Por Luana


Um dos infames do governo das sombras se manifesta. É o senhor Aluísio Mendes, que rompeu o seu silêncio sepulcral depois de ter sido desmoralizado por sua rainha, quando esta lhe tirou todos os poderes sobre a Polícia Militar em virtude dos ataques do Bonde dos 40, entregando-os a um Coronel PM, seu arqui-inimigo. Mas quem é Aluísio Mendes, esse que intitulou os policiais militares grevistas, de “criminosos”?

Aluísio é o atual Secretário de Segurança Pública do Maranhão, pois a rainha entendeu há alguns anos que entre os profissionais de segurança do estado não haveria nenhum de competência suficiente para comandar policiais militares e civis. Já há algum tempo vinha entregando essa pasta a federais, nobres da polícia brasileira, com seus altos salários, engordados por polpudas diárias, fartura de equipamentos e subordinados ao Ministério da Justiça, o que lhes dá maior autonomia, para comandar policiais estaduais maltrapilhos, mal pagos e desequipados, fórmula perfeita para a insatisfação dos profissionais. À exceção, é claro da Polícia Civil, pois, por uma questão de afinidade, já que as duas são judiciárias em esferas diferentes, mas principalmente de estratégia, a fim de calar o sindicato que não engolia os federais e poderia obstar suas intenções, estes buscaram privilegiar a policia paisana. 
Bem, se alguém é deveras privilegiado, alguém tem que ser prejudicado e sobrou para a PM, pois como já expomos e sabemos, o regulamento intransigente é o melhor aliado dos déspotas maranhenses, pois que a impede de fazer greves. A maior demonstração de competência desses federais, um deles estrangeiro em nosso estado, mas “policiólogos” da maior estirpe, não era conhecer nossas peculiaridades, mas sim, favorecer a “famiglia” de informações privilegiadas sob operações federais que pudessem atingi-la, como a “Operação Boi Barrica”, em que ele antecipara as ações da Polícia Federal, prejudicando sensivelmente as investigações.
Bem, Aluísio não tem nenhuma qualidade que não a de fiel serviçal de Sarney. Aluísio é apenas um agente de Polícia Federal que praticamente nunca trabalhou na operacionalidade naquela Instituição. São várias as versões para a sua aproximação com os Sarney, todas giram em torno da grande amizade de seu pai com o “Capo” da Famiglia, pois aquele teria, em troca de um favor ou de muita bajulação, pedido ao chefe da Ditadura maranhense, que tomasse conta de seu filho, após a sua morte (muito nobre, não?).
Se o povo maranhense não tem nenhum zelo da parte de seu pretenso “pai” e “líder” (bem ditatorial), Aluísio foi muito beneficiado e protegido. Faço uma pequena defesa da mediocridade dos Coronéis agora. Em determinada instância, os Delegados de Polícia Civil, Bacharéis em Direito, também são vassalos do governo, pois se calaram ante o fato de serem comandados por um agente. Entretanto, sua servidão é bem melhor paga, pois seu salário inicial é bem maior que o de um Coronel com 30 anos de serviço.
Agora, porque Aluísio chama os policiais militares de criminosos? Talvez porque uma das características do criminoso é ser dissimulado e essa qualidade pertence a Aluísio. O Valete da Corte Sarneysista pretende candidatar-se a Deputado Federal, para sê-lo, estima-se que os gastos giram em torno de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais). Onde e como Aluízio conseguiu tal soma? Sabe-se que quando um funcionário de uma esfera está a serviço de outra, deve optar pela remuneração de uma das duas. Será ele o novo Robert Shiller, Prêmio Nobel da economia, que descobriu como armazenar tamanha quantia, ganhando apenas o salário de policial federal ou, beneficiemos a ele com a alternativa da mais valia, ganhando unicamente o salário de Secretário de Estado, mesmo tendo que arcar com as despesas de sua família?
Quem sabe devamos esclarecer o porquê do Secretário Aluísio ter tentado a todo custo e por muito tempo conseguido, manter no comando da Polícia Militar, um oficial apagado, obtuso, sem traquejo algum de administrador, mas servo leal e intransigente, o Coronel Franklin. Um homem dado a surtos de cólera, porém despreocupado com sua função de chefe de mais de cinco mil homens espalhados por um estado de dimensões continentais, que durante a explosão do primeiro movimento grevista da PM encontrava-se dando entrevista em uma rádio sobre o seu primeiro CD de toadas de Bumba-meu-Boi e quando do massacre de um PM em um Trailler policial, assistia ao jogo do Sampaio para depois entregar-se ao molejo do forró em algum clube de ambientação duvidosa, incidente que finalmente o derrubou. Um Comandante Geral que, se não teve desenvoltura durante toda a sua vida para administrar quartéis, dado ás suas limitações intelectuais.
Aluísio citará como prova de sua transparência o fato de ter saneado a Garagem da Secretaria de Segurança, de onde administra as duas polícias, mas que recebe viaturas apenas da Polícia Civil, colocando ali um Coronel reconhecidamente técnico e austero. Entretanto, esse é o grande disfarce, aparentar transparência em sua casa, cobrar propina na outra.
Então Aluísio Mendes, agente de polícia federal, recrutado num tempo em que estes não precisavam ter curso superior, cujo grande feito é ter colocado a seus pés homens com mais experiência em ações, portadores do 3º grau, porém mendigos de atitudes, pense duas vezes antes de chamar alguém de criminoso.
A primavera maranhense está chegando. 
Fonte: John Cutrim


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