A candidata a Presidência da República do PSB
Marina Silva foi questionada nesta quinta-feira sobre sua imagem de “frágil”,
delineada pelos seus oponentes para desqualificá-la. Em entrevista ao “Bom Dia
Brasil”, da Rede Globo, ela rechaçou ser uma pessoa “frágil”. “Parece vaidade,
mas sou uma pessoa sensível e não frágil”, afirmou, acrescentando ainda que tem
30 anos de vida pública e nesse tempo ninguém a viu “tergiversar”.
Marina comentou que as pessoas têm muito
preconceito contra a sua origem humilde, permeada de luta contra doenças
complicadas, como malária e hepatite. “Ter passado o que eu passei e me pedir
para não ter emoções... Francamente”, afirmou.
Ela foi indagada sobre ter chorado na frente de uma
repórter da “Folha de S. Paulo”, depois de conceder uma entrevista. A candidata
rebateu que um dos momentos mais emocionantes que testemunhou foi quando Lula
se elegeu em 2002 e “caiu no choro” quando recebeu o diploma de presidente. “Eu
também caio no choro”, afirmou. “Sou uma pessoa sensível mas não se pode
confundir sensibilidade com fraqueza”, disse.
Ela disse ainda, respondendo sobre a queda nas
últimas pesquisas, que sua candidatura é muito consistente, tendo em vista tudo
que passou, com a perda do cabeça-de chapa Eduardo Campos, falecido em um
desastre de avião em 13 de agosto. “Você já imaginou o que é isso, perder um
companheiro, um cabeça-de-chapa no meio das eleições?”, questionou,
acrescentando ainda que seu partido tem dois minutos de televisão e não tem
tanta estrutura como seus oponentes. “E mesmo assim estamos onde estamos”,
afirmou, acrescentando ainda que, em sua análise, quem vai ganhar as eleições
“não são as velhas estruturas” e sim uma nova postura na Presidência de
República.
Fonte: Valor Econômico
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