Candidato a
vice de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, condenou a comparação da
presidenciável com os ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello,
feitos na propaganda de TV de Dilma Rousseff (PT): "Achamos muito
lamentável que a Dilma tenha escolhido o caminho do lacerdismo hoje, de
espalhar o terror", disse ele, numa referência ao ex-governador da
Guanabara Carlos Lacerda, adversário ferrenho de Getulio Vargas e seus
herdeiros políticos e que chegava a defender golpes militares contra seus oponentes
O
candidato a vice de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, classificou a
comparação da presidenciável com os ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando
Collor de Mello, feitos na propaganda de TV de Dilma Rousseff (PT) nesta
terça-feira, como lacerdismo e golpismo.
"Achamos muito lamentável que a Dilma tenha escolhido o
caminho do lacerdismo hoje, de espalhar o terror", disse Albuquerque a
jornalistas em Brasília, durante a inauguração de um comitê de campanha, numa
referência ao ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda, adversário ferrenho de
Getulio Vargas e seus herdeiros políticos e que chegava a defender golpes
militares contra seus oponentes.
O programa de TV da presidente, que tenta a reeleição,
exibido nesta tarde e nesta noite recorreu a momentos traumáticos da história
política brasileira para questionar a governabilidade de uma eventual
administração Marina.
"A base de apoio de Marina Silva tem hoje 33 deputados.
Sabe de quantos ela precisaria para aprovar um simples projeto de lei? No mínimo
129. E uma emenda constitucional? 308", diz o locutor do programa de TV.
"Como é que você acha que ela vai conseguir esse apoio sem fazer acordos?
E será que ela quer? Será que ela tem jeito para negociar?".
"Duas vezes na nossa história, o Brasil elegeu
salvadores da pátria, chefes do partido do eu sozinho. E a gente sabe como isso
acabou", argumenta o locutor durante o programa, que faz referência a
Jânio e Collor, que não concluíram seus mandatos.
Albuquerque disse que não esperava "esse retrocesso", argumentando
que foi a mesma estratégia usada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no passado.
"É um discurso golpista, completamente fora de época
num país como o nosso", acusou Albuquerque. "Todo mundo sabe que
Marina não tem nada que ver com esse perfil, que é uma mulher que tem
capacidade de diálogo."
Antes
de seu candidato a vice, a própria Marina já tinha rebatido a comparação.
"A sociedade brasileira me conhece, conhece os valores
que eu defendo, a luta que eu tenho há mais de 30 anos. Eu comecei como
vereadora, comecei como deputada, fui senadora por 16 anos, ministra do Meio
Ambiente", disse Marina em sabatina no portal do jornal O Estado de S.
Paulo na Internet.
"Imagina se eu dissesse que uma pessoa que nunca foi
eleita nem vereadora, se eleita presidente do Brasil, aí sim, poderia parecer
Collor de Mello", disparou a candidata do PSB.
Fonte: Brasil 247
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