O ministro Aloizio Mercadante,
da Casa Civil, deu uma importante declaração à jornalista Andréia Sadi, da
Folha de S. Paulo, que está publicada na edição deste domingo. Apontado
como um superministro que teria pretensões presidenciais daqui a quatro anos,
ele fez questão de afastar essa hipótese logo na largada do segundo governo
Dilma. O candidato, diz ele, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ele é o meu candidato, sempre foi. Não tem essa discussão no
PT. Quem está no coração da militância do PT é Lula. Eu não tenho essa
pretensão e não está no meu horizonte'', disse ele.
Mercadante também afirmou ter outro tipo de ambição. "Já
estou chegando numa fase da vida em que dediquei tudo que podia para fazer o
melhor para vida pública e para o país. Serei avô pela segunda vez na próxima
semana, quero ter a chance de viver com meus netos o tempo que não pude viver
com meus filhos''.
Essa definição precoce de Lula como candidato é importante para o
PT e para a paz interna do próprio governo Dilma. Com o nome já escolhido,
reduz-se o risco de fogo amigo e de disputas entre ministros, como aconteceu,
na primeira administração de Lula, entre dois potenciais candidatos: José
Dirceu e Antonio Palocci. Foi exatamente por isso que o presidente nacional do
PT, Rui Falcão, lançou o nome de Lula logo após a vitória de Dilma no segundo
turno.
A candidatura de Lula, que hoje apareceria em primeiro lugar em
qualquer pesquisa, também muda a relação com a oposição. Ao criar a perspectiva
real de vinte anos de PT no poder, pode forçá-la a buscar novos caminhos, com a
adoção de novas políticas públicas, especialmente no campo social. Até porque o
discurso udenista, usado nas últimas eleições, não funcionou.
Fonte: Brasil 247
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