Pacto de não
agressão entre os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB)
parece estar próximo do fim; a decisão do PSB em lançar candidato próprio em
Minas Gerais, associada às pressões da vice na chapa de Campos, Marina Silva,
para evitar uma aliança com os tucanos, estremeceram a relação entre os
partidos; “Estamos vivendo uma nova fase. Uma nova eleição. O PSB recebeu, em
outubro, a Rede Sustentabilidade, e os companheiros do PSB e da Rede entendem
que depois da escolha do PSDB [em lançar o ex-ministro Pimenta da Veiga como
candidato ao governo de Minas], é hora de o PSB ter candidato”, disse Campos.
O pacto
de não agressão entre os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves
(PSDB) parece estar cada mais próximo do fim. A decisão da legenda socialista
em lançar candidato próprio em Minas Gerais associada às pressões da vice na
chapa de Campos, a ex-senadora Marina Silva, para evitar uma aliança com os
tucanos em diversos estados estremeceram as relações entre os partidos. O
último ato desta pendenga foi desferido pelo próprio Eduardo Campos, nesta
terça-feira (20), durante sua passagem por Feira de Santana (BA).
“Agora
estamos vivendo uma nova fase. Uma nova eleição. O PSB recebeu, em outubro, a
Rede Sustentabilidade, e os companheiros do PSB e da Rede entendem que depois
da escolha do PSDB [que lançou o ex-ministro Pimenta da Veiga como candidato ao
governo de Minas] é hora do PSB ter candidato”, disse o ex-governador de
Pernambuco. Apesar da declaração, o socialista disse que a decisão de lançar ou
não candidato próprio em Minas caberá ao diretório estadual e que ele não irá
interferir na decisão.
“Nós
temos uma aliança com o PSDB em Minas que não é de hoje. Tivemos o apoio do PT
e do PSDB para o nosso candidato (Márcio Lacerda) em Belo Horizonte, mas agora
estamos vivendo uma nova fase, uma nova eleição e eu respeito as instâncias
partidárias. Tenho a formação política de quem respeita a opinião dos outros”,
justificou Campos.
O pacto
entre as legendas teria sido selado em fevereiro, quando Aécio Neves
encontrou-se com Campos, no Recife. Na ocasião, Aécio declarou que o PSB
apoiaria a chapa tucana em Minas Gerais enquanto o PSDB apoiaria a candidatura
do socialista Paulo Câmara em Pernambuco. Nos últimos dias, porém, com o
crescimento da possibilidade do PSB lançar Júlio Delgado como candidato ao
Palácio da Liberdade, os tucanos elevaram o tom ao cobrar o cumprimento do
acordo.
Em
Pernambuco, o partido já tem o deputado estadual Daniel Coelho como opção para
disputar o Palácio do Campo das Princesas, evidenciando a possibilidade de um
rompimento total com a campanha de Paulo Câmara. No caso da aliança naufragar,
o tucanato pernambucano – que ingressou na base do governo socialista no início
do ano – tenderá a apoiar a postulação do senador Armando Monteiro Neto (PTB)
em um eventual segundo turno, que já tem o PT como seu maior aliado nas
eleições estaduais.
O
rompimento do pacto entre as legendas também deverá atiçar os ânimos entre
Campos e Aécio. Nas últimas semanas, Campos vem tentando mostrar ao eleitorado
as diferenças programáticas e ideológicas entre o PSB e o PSDB, o que inclui
uma série de críticas a Aécio e ao partido tucano. A guinada é atribuída a dois
fatores: a necessidade de tornar-se mais conhecido pelo eleitor e firmar-se
como alternativa à polarização entre PT e PSDB, e acalmar os ânimos de Marina e
de membros da Rede que não desejam uma aliança com o que chamam de “velha
política”, neste caso representada pelo PSDB.
Fonte: Brasil 247
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