quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Perito Molina confirma: Sarney votou em Aécio Neves

Especialista, que atua em Campinas (SP), disse que filmagem com votação do ex-presidente não sofreu manipulações

Embora o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) tenha negado com todas as letras - inclusive em nota oficial - que votou no tucano Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais, o perito Ricardo Molina, a pedido do iG, confirmou que as imagens que mostram a votação não sofreram trucagens e são autênticas. 
Molina dividiu a análise em três fases. Na primeira, comparando o vídeo de corpo inteiro com um recorte mais fechado na urna eletrônica (veja reprodução abaixo), ele observa que "trata-se da mesma filmagem, ou seja, a ampliação, na qual não há dúvidas de que o voto é 45, foi processada a partir do mesmo vídeo.
A seguir, na imagem ao lado, o perito mostra, a partir do vídeo original, uma sequência de frames que mostram o voto de Sarney no 45. "Não é possível discernir os números, mas é possível verificar que o dedo está na altura do 45 e que a gravação é a mesma da ampliação", atesta o perito.
Quando o vídeo é exibido em câmera lenta, para o perito fica claro que é o voto é no 45; observe-se que logo depois aparece quadro com Aécio e Aloysio e texto "FIM", mostrando que é o voto para presidente", conclui.
Questionado sobre a possível manipulação, Ricardo Molina descarta a tese. "Uma montagem com manutenção de tantos detalhes seria praticamente impossível. Minha opinião é que é autêntica".
Para ele, só o vídeo original poderia dirrimir definitivamente qualquer dúvida, já que a resolução, quando o vídeo é veiculado no Youtube, perde qualidade. "É evidente que há uma gravação que derrubaria qualquer dúvida (a gravação do cinegrafista), mas já foi inclusive tirada do ar. A TV Amapá chegou a veicular, mas tirou", explicou.
Fonte: IG


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PMDB já chefia a oposição?

Rebelião em curso no maior parceiro do governo; sob a senha 'diálogo', comando do PMDB despeja carga sobre a presidente Dilma Rousseff; após liderar derrubada do decreto de conselhos populares, Henrique Alves assume pauta com votações de diversas emendas orçamentárias de deputados; Renan Calheiros, no Senado, adianta que conselhos também não serão aprovados na Casa; deputados se reúnem à volta de Eduardo Cunha e candidatura dele para presidente da Câmara está colocada; Dilma chama Alves ao Planalto; partido correu mais rapidamente para emparedar governo do que esperava o PT; como antes da reeleição, é Dilma quem volta a fazer sua própria articulação política; ela vai conseguir amansar o PMDB?

O PMDB correu primeiro – e, ao que se vê, já está na oposição ao governo Dilma Rousseff. Ao menos a esse governo que vai completando o primeiro mandato e inicia um processo de reforma ministerial para a segunda gestão. Sob a senha do 'diálogo', que, em tradução para o português claro, significa ter participação no ministério que a presidente prometeu anunciar até dezembro, o PMDB já age por cargos.
Foi por "falta de diálogo", na expressão do vice-líder do partido na Câmara, Lúcio Vieira Lima, que a sigla impôs a primeira derrota ao governo na arena parlamentar. Na terça-feira 28, aprovou-se a derrubada do decreto presidencial que cria os conselhos populares. Hoje, após o peemedebista Henrique Alves ter comandado a sessão na Câmara que arriou uma bandeira vistosa da administração Dilma, o presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que já está empenhado em dar a mesma destinação ao assunto quando chegar à Casa.
Entre esses dois atos, numa numerosa reunião, os deputados federais do PMDB se uniram à volta do líder Eduardo Cunha para, na prática, impor a candidatura dele à Presidência da Câmara. Em Brasília, ele já é visto como favorito. Durante a eleição, ele integrou, discretamente, o movimento Aezão, no Rio de Janeiro. Pouco antes do pleito, calculou que pelo menos metade da bancada de 66 deputados eleita pelo partido apoiaria um governo do adversário dela, Aécio Neves.
A legenda é a segunda maior da Câmara, atrás apenas do PT. O problema é que, se já foi difícil para o partido do governo lidar com os peemedebistas nos primeiros quatro anos de Dilma, agora vai ser mais difícil ainda. Enquanto o PT viu sua bancada diminuir em 18 cadeiras, o PMDB só perdeu cinco em relação à atual legislatura. Uma costura que una PSDB e PSB à candidatura de Cunha poderá ser feita sem grandes esforços.
Está tudo ajustado para que o governo perca, também no Senado, a votação sobre os conselhos populares. Palavra de Renan Calheiros:
- Já havia um quadro de insatisfação com relação à aprovação dessa matéria. Ela ser derrubada na Câmara não surpreendeu, analisou o presidente do Senado, para prosseguir:
- Da mesma forma que não surpreenderá se ela for, e será, derrubada no Senado Federal, cravou o senador alagoano.
A presidente Dilma percebeu, é claro, o rumo cada vez mais oposto ao seu que o partido do vice-presidente Michel Temer vai tomando. Assim como nos últimos quatro anos, quando careceu de um grande articulador do PT para entender-se com os indóceis peemedebistas, outra vez Dilma teve de chamar esse trabalho para si. Na tarde desta quarta-feira 29, Alves, que perdeu as eleições para o governo do Rio Grande do Norte, foi recebido pela presidente no Palácio do Planalto.
- Tivemos uma conversa muito cordial, amável e respeitosa com a presidente Dilma, disse ele, dentro do protocolo, para em seguida dar, mais uma vez, seu recado:
- Eu diria a ela que ela faça o que prometeu fazer, ouvir muito, adiantou-se o presidente da Câmara, que vem apontando na falta de apoio do ex-presidente Lula a responsabilidade por sua derrota na eleição para governador do Rio Grande do Norte.
- E, sobretudo, em relação ao Poder Legislativo, ouvir mais, porque essa é a Casa da ressonância da vontade popular.
O plano do PMDB de Alves e Cunha está traçado na Câmara. Serão colocados em pauta projetos de emendas orçamentárias de diferentes parlamentares, no que promete ser um show de benefícios com dinheiro do Tesouro.
- Nada que represente irresponsabilidade ou ameaça ao equilíbrio fiscal, completou Alves, dando indicações de que a mordida no Orçamento vai ser grande.
O troco político que Alves e Cunha estão dando no PT é evidente. Para o partido da presidente, o problema continua sendo a falta de um negociador com poder delegado para apagar incêndios legislativos antes que eles aconteçam. O segundo governo Dilma só começa em 1º de janeiro de 2015, mas as primeiras labaredas já estão consumido as energias de Dilma.
Abaixo, notícia da Agência Brasil a respeito:
Rejeição de decreto na Câmara é como 3º turno para oposição, dizem especialistas

Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Especialistas ouvidos pela Agência Brasil avaliam que a derrubada, na Câmara dos Deputados, do decreto presidencial que regulamentava a Política Nacional de Participação Social e os conselhos populares tem um significado de revanche, de terceiro turno eleitoral, para os partidos de oposição ao governo.
Desde a publicação do decreto, alguns setores do Congresso Nacional vêm se opondo à ampliação da participação da sociedade civil na elaboração de políticas do Estado, destacou o advogado Darci Frigo, coordenador da Organização de Direitos Humanos Terra de Direitos.
“Essa oposição se dá em função do entendimento bastante conservador de que o decreto é uma ameaça à democracia representativa, que está configurada através do voto. Mas a Constituição garante também a democracia direta, em um processo como esse, que amplia a participação da sociedade. Seria um avanço importante de qualificação da democracia, mas o Congresso não quer dividir poder com a sociedade, e essa negativa confronta com as mobilizações que ocorreram no Brasil em 2013, que pediam essas mudanças”, disse Frigo.
Para o advogado, a participação popular não implica a existência de conflito com os direitos parlamentares, mas sim complementa. “A democracia representativa não faz o esforço para resolver os problemas que a sociedade está vivendo. Isso sinaliza que, se a população não se mobilizar, não ir às ruas de novo, a reforma política que está por vir pode ser no sentido de retroceder e não atender aos anseios do povo”, completou.
Frigo conta ainda que a Articulação Justiça e Direitos Humanos, da qual a Terra de Direitos faz parte, solicitou audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para discutir meios que permitam à sociedade participar de forma mais ativa no processo de construção da Justiça do país. Ele conta que o ministro falou sobre a ampliação dos mecanismos de participação em seu discurso de posse na presidência da Corte. “Seria um passo importante para debater ainda mais a participação popular.”
A presidenta do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro Souza, explica que, na prática não haverá mudança na criação de novos conselhos e eles continuarão existindo. O decreto apenas regulamentava e reorganizava os conselhos e responsabilizava mais os governos, nos três níveis.
“Temos quase 30 anos de democracia, mas é possível melhorar, ter mais articulação entre a democracia participativa e a representativa. Não é porque o Legislativo foi eleito pelo povo que damos o direito de [os parlamentares] legislarem sem dar voz às comunidades. [A derrubada do decreto] foi uma reação revanchista, precipitada, sem transparência ou diálogo com uma política de Estado”, disse Maria do Socorro.
Em participação ontem (28) no programa Espaço Público, da TV Brasil, o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, disse que a derrubada do decreto não é o fim do mundo. “Já perdemos várias, perdemos votações e a vida segue, claro que queremos ganhar o máximo possível. Mas o resultado é ruim para quem defende posições populares”, avaliou.
“É uma derrota simbólica”, disse o assessor de Projetos e de Formação da Coordenadoria Ecumênica de Serviço, José Carlos Zanetti. “O decreto seria o coroamento da criação de um sistema de muitos conselhos já existentes, que legitimam políticas públicas. Houve um sinal ruim com a suspensão do decreto que cria uma cortina de fumaça naquilo que já estava acontecendo, provoca um desgaste na sociedade”, disse.
Segundo a coordenadora-geral da associação Ação Educativa e integrante da Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), Vera Masagão, o decreto estava ligado à transparência e coibia o aparelhamento do governo. Para ela, a Câmara colocou em xeque a iniciativa de milhares de pessoas que, voluntariamente, participam de conselhos em todos os níveis pelo país.
“Não há nenhum argumento válido [dos deputados]. A perda é grave com a atitude do Congresso, uma ação que seria importante para a democracia ser usada para embate político. E o que chama a atenção é a participação de um grupo tão grande de lideranças de partidos historicamente comprometidos com a participação social”, disse Vera.
A integrante da Abong acrescentou que a sociedade saiu mais politizada da eleição e que é preciso cobrar desses partidos uma oposição mais qualificada, com mais consistência dos argumentos e propostas alternativas. “Se eles se sentem ameaçados, têm que explicitar”, argumentou Vera.
O Projeto de Decreto Legislativo 1491/14, que derruba o Decreto nº 8.243, de maio deste ano, ainda passará pela avaliação do Senado Federal. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje que “dificilmente” o decreto será mantido no Senado.

Fonte: Brasil 247


Com broche de Dilma, Sarney votou em Aécio

Imagens produzidas pela TV Amapá, retransmissora da Rede Globo no estado, revelam que o senador José Sarney (PMDB-AP), mesmo usando broche da presidente Dilma Rousseff (PT), na hora de digitar o voto optou pelo candidato Aécio Neves (PSDB) no último domingo; assista
Imagens produzidas pela TV Amapá, retransmissora da Rede Globo no Estado, revelam que o senador José Sarney, mesmo usando broche da presidente Dilma Rousseff (PT), na hora de digitar o voto optou pelo candidato Aécio Neves (PSDB) no último domingo 26.
Sarney vota no Amapá desde que transferiu o domicílio eleitoral do Maranhão para o Estado, onde se elegeu senador logo após deixar a presidência da República. Recentemente, às vésperas do prazo para o registro de candidatura, o senador anunciou que estava desistindo de disputar novamente o pleito.
Provavelmente pesou na decisão de Sarney a forte oposição do PT do Amapá e a falta de apoio da direção nacional do partido da presidente Dilma. O senador esperava obter apoio da direção nacional para impedir que o PT local lançasse a atual vice-governadora Dora Nascimento (PT) como candidata ao Senado.
O peemedebista foi um dos mais fortes aliados dos petistas durante o governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e manteve a aliança durante o governo Dilma indicando inclusive ministros, como Edison Lobão, das Minas e Energia. Assista abaixo as imagens, que mostram que, mesmo usando broche da atual presidente, Sarney votou contra ela. 
Fonte: Brasil 247



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Sem internet, Aécio teria vencido eleição, diz cientista político

Para Sérgio Amadeu, PSDB adota 'estratégia do cinismo'. Ele considera inaceitável que a bandeira de combate à corrupção seja conduzida por 'forças da corrupção'
Carro-chefe da editora Abril, a revista Veja lançada na última sexta-feira (24) divulgou como matéria de capa uma acusação de que a presidenta reeleita Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, tinham conhecimento de um esquema de corrupção na Petrobras. Sem apresentar qualquer prova, o conteúdo da reportagem era baseado em suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef à Polícia Federal, que foi desmentido por seu advogado logo após a publicação.
Considerada a última “bala de prata” da oposição para tentar impedir uma nova vitória petista sobre os tucanos, a reportagem foi contestada duramente pela presidenta durante seu último programa eleitoral na TV na mesma sexta-feira. Ainda naquele dia, a Justiça considerou a publicidade da revista como “propaganda eleitoral” e também concedeu direito de resposta ao PT no site da revista.

Ainda assim, o estrago já estava feito. A campanha e simpatizantes do PSDB distribuíram panfletos com a capa impressa da revista da Abril em várias cidades do Brasil. Já na madrugada de sábado (25) para domingo (26), circulavam boatos de que Alberto Youssef havia sido envenenado, algo que teve de ser desmentido com rapidez pela Polícia Federal.
“Essa operação da Veja mostra que ela não é um órgão de comunicação, o que ela mostrou claramente é que ela é uma sala do comitê político do PSDB no Brasil. A revista operou de maneira a desinformar. Ela desinformou”, disse o sociólogo Sérgio Amadeu, doutor em Ciência Política pela USP. Comparando o caso à ação midiática que ajudou a decidir o pleito presidencial de 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello, Amadeu acredita que o plano da editora Abril só não se concretizou nas urnas pela existência da internet. “Existe hoje a internet, que não tinha naquela época. Então, se não houvesse a internet, certamente o candidato Aécio Neves tinha ganho a eleição.”
Para o cientista político, as redes sociais apontaram um acirramento muito grande e deixaram claro que “a linha política e o conteúdo discursivo das forças comandadas pelo PSDB” é baseada na “estratégia do cinismo”. Amadeu também defendeu uma reforma política para se alcançar uma legislação mais democrática dos meios de comunicação.

Qual foi a influência da capa da revista Veja às vésperas do segundo turno presidencial entre Dilma e Aécio?
A capa da Veja foi feita justamente para influenciar o resultado eleitoral. Ela normalmente está nas bancas no sábado, mas saiu na sexta-feira. E era uma capa para, inclusive, ser impressa, tanto é que a campanha do candidato Aécio Neves (PSDB) imprimiu essa capa justamente para manter aquele clima que eles criaram no Brasil de demonização do outro. O grupo Abril, em particular a revista Veja, já há muito tempo é organização que defende interesses econômicos a partir da gestão da política. Não há como dizer agora o quanto impactou, mas eles influíram claramente na votação de domingo, porque o Aécio conseguiu, a partir desse tipo de ação, crescer e encostar na candidata Dilma Rousseff no segundo turno das eleições.

Como o sr. avalia o papel da internet nessas eleições?
Uma coisa que chama atenção nesse processo é que essa operação já tinha sido feito nas eleições de 1989, com sucesso, mas não teve desta vez. E por quê? Porque desta vez – além das pessoas já conhecerem a manobra de grupos de comunicação misturadas à elite política econômica no caso da vitória do Collor – também existe hoje a internet, que não tinha naquela época. Então, se não houvesse a internet, certamente, o candidato Aécio Neves tinha ganho a eleição, porque era o candidato preferido pelos grupos econômicos, pelos banqueiros, pelo mercado de capitais. Inclusive oscilava a Bolsa e, se você for ver, é muito curioso, quando as pesquisas davam a Dilma crescendo, a Bolsa caía, o que mostra o humor desses especuladores financeiros. A internet foi decisiva para a garantia de um debate que não existiria se fossem apenas os meios de comunicação de massa atuando nessas eleições. Isso é bastante nítido no processo eleitoral que ocorreu em 2014.

E as redes sociais?
As redes sociais, em particular, tiveram um papel grande e mostraram, na verdade, um acirramento muito grande. Deixou claro, e é importante que tudo fica registrado, qual é a linha política e o conteúdo discursivo das forças comandadas pelo PSDB, que é baseada em preconceito, em mentira e numa estratégia que podemos chamar de “estratégia do cinismo”. Eles chegam a afirmar que nenhum corrupto ligado ao PSDB está preso ou foi julgado por incompetência do PT, o que é uma coisa completamente cínica. Esse tipo de ação, as pessoas não têm clareza de como vão lidar com isso. Agora, minha opinião é bastante clara: é preciso mostrar concretamente o que é o PSDB do ponto de vista da corrupção. É inaceitável que a bandeira da corrupção seja tomada por forças da corrupção. É inaceitável.

Não tenho nenhuma dúvida do aparelhamento que (governador de São Paulo) Geraldo Alckmin faz na Sabesp. Isso ficou nítido nas gravações mostrando que eles são capazes de ganhar a eleição, inclusive se for para deixar uma cidade em situação de calamidade. Nós temos que mostrar que eles são uma junção de descompromisso com a democracia, de má gestão de recursos públicos e de corrupção em larga escala, como foi feito em São Paulo. Réus confessos entregaram as provas e o Ministério Público não faz nada. Então, temos que ir para cima disso.

Temos que ir para cima do crime eleitoral cometido pela revista Veja, temos que exigir o julgamento do mensalão mineiro antes que ele prescreva e temos que mostrar toda a ligação que o PSDB tem com crime, com práticas absurdas. Não podemos aceitar. E não vai ser falando “pessoal, o clima de ódio é ruim”. Não. O clima de ódio só vai ser reduzido com argumentos verdadeiros e racionais. Não é pedindo paz e amor, não, mas colocando claramente para as pessoas, insistentemente, as falácias do discurso que eles reproduzem para o Brasil. A gente tem que ser muito claro com isso, porque disso depende a democracia, né?

O sr. acredita que o novo governo possa mudar artigos que dizem respeito à comunicação?
Eu acho que um dos principais pontos da reforma política para o Brasil é a reforma da comunicação. Essa operação da Veja mostra que ela não é um órgão de comunicação, o que ela mostrou claramente é que é uma sala do comitê político do PSDB no Brasil. A revista operou de maneira a desinformar. Ela desinformou. Ela já havia feito isso se ligando a um criminoso chamado Carlos Cachoeira e não aconteceu nada. O cara continua lá na sucursal de Brasília, não foi preso, não foi condenado. Nós precisamos mexer nessas estruturas de concentração econômica de poder, fazer uma reforma da comunicação, uma lei de meios, como a da Argentina. E nós precisamos também de uma reforma política que retire o poder do capital, que retire o financiamento privado de campanha, mas que permita também à gente avançar em questões cruciais da sociedade brasileira. Com uma Constituinte que não possa ser com estes deputados, que tenha que ser exclusiva. O deputado que quiser fazer essa Constituinte só poderá se candidatar para isso, para discutir as ideias e o futuro do país, e não para vir com esquemas que a gente sabe que eles articulam, de grandes corporações, de forças que bancam campanhas milionárias. Precisamos de uma reforma política com uma Constituinte exclusiva e, nesse contexto, uma reforma das comunicações.

Por que os partidos têm tido certa dificuldade em atingir os jovens na internet?
A internet não é contraposta aos partidos, mas é que a velocidade das comunicações e as relações intensas que existem na internet geram muitas dificuldades para os partidos, principalmente para legendas partidárias que são estruturas mais orgânicas. Por exemplo, o PSDB adotou e atuou como estratégia na internet, e não é de agora, de desconstruir seus opositores, no caso o governo federal e o PT.

E os tucanos fazem isso destilando preconceitos e coisas absurdas. Se for ver o que dizem dos nordestinos, dos gays e das opções políticas das pessoas, beira ao fascismo. Agora temos que ver o que os partidos que são propostas democráticas e de esquerda podem refazer utilizando a internet, mas é muito difícil fazer política só pelas estruturas partidárias. Hoje, está muito claro que não é só o partido o elemento que faz política. Há outras formas de se fazer política, inclusive com conexões, grupos e coletivos de ativistas na internet. 

Fonte: Plantão Brasil

Com os olhos na sucessão…

Da coluna Panorama Político, de O Globo

Apesar da grande votação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), não é líquida e certa sua candidatura daqui a quatro anos.
Os tucanos sabem que o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, também está no jogo.
Analistas políticos avaliam que o paulista está em melhores condições nessa corrida, pois o mineiro ficou sem base ao perder o governo de seu estado.
Aecistas têm consciência disso e asseguram que eles não ressuscitarão a disputa entre o PSDB de Minas e o de São Paulo, que marcou os pleitos de 2002, 2006 e 2010.
O presidente do PSDB mineiro, deputado Marcus Pestana, garante:
- Vamos ver quem estará melhor para concorrer em 2018.



Sem divulgação, Aécio liderou apuração por duas horas e meia

Aécio liderou apuração até 19h32m de domingo. Dilma virou o jogo com quase 90% dos votos apurados. Técnicos ficaram isolados no tribunal para garantir o sigilo das informações

Enquanto o Brasil inteiro esperava ansioso dar 20h para saber quem estava na frente na apuração dos votos para presidente da República, cerca de 30 privilegiados acompanhavam a apuração voto a voto desde as 17h, em duas salas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eram técnicos de informática do tribunal, responsáveis por checar a regularidade da totalização. O candidato do PSDB, Aécio Neves, largou na frente. A virada foi registrada às 19:32:03, quando estavam somados 88,9% do votos.

Nesse horário, a presidente Dilma Rousseff (PT) atingiu 47.312.422 votos, ou 50,05% do total apurado até então. Aécio ficou para trás de forma irreversível. Tinha 47.224.291 votos, ou 49,95% do total. Embora o momento tenha sido emocionante, nenhum dos presentes comemorou ou demonstrou tristeza. Afinal, estavam todos a trabalho. A vitória inicial e fugaz do tucano ocorreu porque a apuração começou com as urnas do Sul e do Sudeste, onde ele tem maioria de votos.

— Deu uma angústia ver o desenrolar das coisas e não poder compartilhar com ninguém — lembra o secretário de Tecnologia da Informação do tribunal, Giuseppe Janino, que chefiava o grupo. — Para quem viu, foi uma disputa bem emocionante.
A ordem do presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, era para que os técnicos ficassem isolados e não passassem a ninguém informações sobre a apuração antes das 20h – nem para ele mesmo. Janino determinou que todos os servidores desligassem o celular e não tivessem acesso ao e-mail, ou redes sociais. Era impossível a comunicação com familiares e amigos. Eles só poderiam conversar entre si. Foi providenciado um lanche para evitar saídas.
— Desliguei meu celular também, para não receber pressão. Não falei nem com a minha família — garante o secretário. — A ordem era para que não passássemos informação nem se tivesse uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) determinando isso.

Na porta das duas salas, cartazes avisavam que o acesso era restrito. Um segurança garantia que ninguém sairia do tribunal a pretexto de ir ao banheiro, por exemplo. Ao sair da sala, o vigia seguia o servidor até o retorno, para não haver nenhum vazamento de informações.
— Todos estavam com o celular desligado. As comunicações eram somente no trabalho. É muito difícil isolar as pessoas hoje, todos têm um computador no celular — observa Janino.
Segundo o secretário, o isolamento tão restrito dos servidores foi inédito. Isso porque o país tem hoje quatro fusos horários, por conta do horário de verão. O primeiro horário é o de Brasília. O último, o do Acre.

DISPUTA ACIRRADA - As eleições foram encerradas na maior parte do país às 17h do horário de Brasília. A partir dessa hora, a Justiça Eleitoral começou a apurar os votos. No entanto, a divulgação só poderia ser feita a partir das 20h, quando os relógios do Acre marcassem 17h e a população do estado acabasse de votar. A precaução existe para que a apuração dos votos não influencie os eleitores do Acre.
A situação ficou mais crítica por conta do acirramento da disputa. Às 20h, quando a divulgação da apuração foi liberada ao público, os percentuais dos dois candidatos estavam muito próximos. A definição do resultado ocorreu apenas às 20:27:53, com 98% das urnas apuradas. Dilma tinha 51,45% dos votos e Aécio, 48,55%.

— Foi um fato inédito, porque não tínhamos uma situação dessa, tão acirrada, e nem quatro fusos horários para administrar — diz Janino.
Depois de divulgado o resultado das eleições, Toffoli foi pessoalmente cumprimentar a equipe de Janino e parabenizar o grupo pelo trabalho bem sucedido. Os técnicos do TSE estão há quatro meses trabalhando direto, sem folga nem nos finais de semana. E parece que o descanso não virá tão cedo.

— No mês que vem, vamos começar a trabalhar para as próximas eleições intensamente — anuncia Janino, servidor do tribunal desde 1996 e desde 2006 ocupando o cargo atual.

Fonte: O Globo

PT e PSB, cada um à sua maneira, ensaiam diálogo

Líder do PT no Senado, Humberto Costa, disse nesta terça-feira 28 que pretende abrir um canal de diálogo com o PSB visando a construção de uma pauta conjunta no Congresso Nacional; "Certamente gostaríamos de ter esse diálogo com todas as forças, especialmente com o PSB", disse; mais cedo, o vice-presidente do PSB de Pernambuco, o deputado federal eleito Tadeu Alencar, já havia adiantado que não há um alinhamento automático da legenda com o PSDB, a qual apoiou no segundo turno, e que a sigla irá manter seus compromissos ideológicos e partidários
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, disse, nesta terça-feira (28), que pretende abrir um canal de diálogo com o PSB visando a construção de uma pauta conjunta no Congresso Nacional. "Certamente gostaríamos de ter esse diálogo com todas as forças, especialmente com o PSB", disse o petista em entrevista à Rádio Jornal. Mais cedo, o vice-presidente do PSB de Pernambuco, o deputado federal eleito Tadeu Alencar, já havia adiantado que não há um alinhamento automático da legenda socialista com o PSDB, a quem apoiou no segundo turno da eleição presidencial, e que a sigla irá manter seus compromissos ideológicos e partidários. As duas declarações abrem a possibilidade de uma reaproximação entre as legendas, que romperam uma aliança histórica no ano passado. 
O PSB, que mantinha uma aliança histórica com o PT, deixou a base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff em setembro do ano passado, quando o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos lançou-se candidato à Presidência da República. No segundo turno, o PSB, assim como a família Campos, apoiou a postulação do tucano Aécio Neves (PSDB).
"O PSB historicamente sempre teve uma posição de esquerda. Sempre defendeu um projeto popular. E eu encaro que esse posicionamento agora no segundo turno foi uma coisa excepcional, uma exceção na história do PSB", ponderou Humberto. Também em entrevista à Rádio Jornal, Tadeu Alencar disse que aliança entre socialistas e tucanas foi circunstancial.
"Essa foi uma aliança que ela é circunstancial. O que vai definir ao lado de quem estaremos juntos no Congresso Nacional é precisamente a posição com relação a agenda de reformas. Então, não há alinhamento automático, senão com os compromissos que historicamente o PSB defende", disse Alencar. A declaração abre a possibilidade para uma possível reaproximação entre as legendas, muito embora as relações não devam ser as mesmas de quando os partidos eram aliados históricos. 
"Teremos uma pauta muito intensa no Congresso Nacional e é essa pauta que vai definir do lado de quem vamos estar no Congresso Nacional. Não há, a priori, nenhum posicionamento de alinhamento automático com os partidos que estão na oposição, porque o nosso projeto, sempre foi dito isso com clareza, era o projeto de fazer uma grande mudança com o governador Eduardo Campos", completou.
Segundo ele, não existe o sentimento dentro do partido de fazer uma oposição gratuita e sem critérios ao longo do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. "Vamos ocupar de modo muito consciente o papel que nos cabe no âmbito federal, que foi de oposição", disse. "Vamos manter a coerência com os compromissos políticos, ideológicos, programáticos e populares que marcam a história do PSB. Então, vamos estar onde sempre estivemos, defendendo o interesse do povo", emendou.
Fonte: Brasil 247

Dilma Rousseff cresce na reta final e conquista a reeleição

Candidata do PT consegue driblar problemas em seu governo e conquista a maioria dos votos da população brasileira para um segundo mandato

Na eleição com a disputa para o cargo de presidente em segundo turno mais acirrada desde a redemocratização do País, a presidente Dilma Rousseff (PT) se reelegeu com 51,57%, dos votos válidos, vencendo Aécio Neves (PSDB), que terminou com 48,43%. Com o resultado, o Partido dos Trabalhadores (PT) vai para o seu quarto mandato consecutivo à frente da Presidência da República.
A eleição presidencial que começou com uma tragédia, a morte do candidato Eduardo Campos (PSB) na queda de seu avião, terminou com a forte disputa entre os candidatos que seguiram para o segundo turno, explicitada por ataques agressivos de ambos os lados durante os debates presidenciais.
A boa avaliação do governo federal pela população, apontada em pesquisas, pode ter contribuído para a candidata superar o desgaste causado pelas acusações de corrupção ocorridas na Petrobras, maior estatal do Brasil, durante o governo Lula e início do de Dilma, que vieram à tona no auge da corrida presidencial.
Dilma ganhou apostando em mostrar os avanços ocorridos nos sucessivos governos petistas, comparando-os com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e afirmando que os eleitores arriscariam as conquistas nas áreas sociais se optassem por Aécio. O tucano não conseguiu convencer a população de que representava a mudança, explicitada nas manifestações que marcaram o País em 2013.
Dilma Rousseff
Dilma Vana Rousseff, mãe de três filhos, nasceu em 14 de dezembro de 1947, filha do búlgaro Pétar Russév e de uma mineira de quem herdou o nome. Ela passou a infância em Belo Horizonte (MG) ao lado dos dois irmãos, Igor e Zana. Em 1964, ano do golpe militar, Dilma entrou no Colégio Estadual Central. Nesta escola, iniciou a militância na Política Operária (Polop), organização de esquerda com forte presença no meio estudantil.
Em 1967, ingressou no curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais e aderiu ao Comando de Libertação Nacional (Colina) - organização de combe à ditadura. Em 1968, começou a ser perseguida em Minas e entrou para a clandestinidade. Em 1969, se tornou membro do VAR-Palmares (fruto da fusão entre Colina e VPR) e conheceu na militância aquele que se tornaria seu marido, o advogado Carlos Franklin Paixão de Araújo.
Em Belo Horizonte, a família não sabia que Dilma pertencia aos grupos considerados subversivos pelos militares. A informação surgiu quando ela foi para presídio Tiradentes, em São Paulo. De janeiro de 1970 a dezembro de 1972, passou os dias nos porões da Operação Bandeirantes (Oban) e do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde sofreu sessões de tortura.
Após ser solta, retomou os estudos na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão do governo gaúcho. No ano seguinte, deu a luz à primeira filha, Paula Rousseff Araújo.
Na década de 1980, militou no PDT, partido que havia ajudado a fundar um ano antes. Após a Anistia, passou a trabalhar na assessoria de parlamentares do partido, até 1986, quando o então prefeito de Porto Alegre, Alceu Collares, a escolheu para ocupar o cargo de secretária da Fazenda.
Em 1993, com a eleição de Collares para o governo do Rio Grande do Sul, tornou-se Secretária de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul. Dilma ocupou também o mesmo cargo durante o governo de Olívio Dutra (PT), eleito em 1998, no Estado. Em 2000, filiou-se ao PT.
Nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff foi ministra de Minas e Energia (2002 a 2005), e da Casa Civil (2005 a 2010). Em 2010, elegeu-se presidente da República com 56% dos votos, vencendo o então candidato José Serra (PSDB) no segundo turno.

Gráfico mostra vantagem de votos obtida por Dilma ou Aécio nos estados

A Bahia garantiu à candidata Dilma Rousseff (PT) sua maior vantagem em votos totais sobre o adversário Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial. No estado, a petista teve quase 3 milhões de votos a mais do que o tucano. Ela alcançou 5.059.228, contra 2.151.922 do tucano.
O segundo maior saldo de votos a favor de Dilma aconteceu no Ceará, onde ela superou o rival por 2,4 milhões de votos: 3.522.225 a  1.067.096. Em Pernambuco, Dilma ganhou por mais de 1,9 milhão de votos. A petista alcançou 3.438.165 votos, e o tucano, 1.459.266.

Aécio, por sua vez, conseguiu sua vitória mais folgada em São Paulo, onde conseguiu uma vantagem sobre Dilma de quase 7 milhões de votos. Ele terminou com 15.296.289 votos, contra 8.488.383 da petista. O Paraná aparece na sequência, onde Aécio liderou com 1,3 milhão de votos a mais: 3.765.025 a 2.408.740.
REGIÕES - A vitória folgada obtida no Nordeste foi decisiva para a reeleição de Dilma Rousseff (PT). Nos nove estados da região, ela teve 20.176.579 votos, contra 7.967.846 do tucano, uma diferença a favor da petista de 12.208.733 votos.
Dilma também ganhou no Norte, onde superou Aécio por mais de 1 milhão de votos: a petista obteve 4.393.301 votos nos sete estados nortistas, e o tucano, 3.376.148.
O candidato do PSDB, por sua vez, ganhou nas demais regiões. Seu melhor desempenho foi no Sudeste, onde teve 5,6 milhões de votos a mais do que Dilma. Aécio somou 25.470.265 votos nos quatro estados da região, contra 19.867.894 da petista.
No Sul, o tucano abriu mais de 2,9 milhões de votos - teve 9.686.559 contra 6.759.908 da petista. No Centro-Oeste, sua vantagem foi de pouco mais de 1 milhão - Aécio alcançou 4.388.594, e Dilma, 3.254.304.
Fonte: G1

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Zé Carlos propõe criação do Fundo de Desenvolvimento da Agricultura Familiar

Tramita na Assembleia Legislativa um Projeto de Emenda à Constituição do Estado Maranhão (PEC), de autoria do deputado estadual Zé Carlos (PT), que tem por objetivo criar o Fundo Especial de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (FUNEDAF) no Maranhão. A PEC visa proporcionar recursos financeiros para o apoio às atividades de agricultura familiar no território maranhense.

A PEC prevê que 0,10% da receita corrente liquida do Estado seja investido diretamente nas comunidades rurais e de financiamento aos produtores rurais enquadrados nessa categoria.

Para o deputado Zé Carlos, autor da preposição, a aprovação desta PEC é de suma importância para as famílias que residem no campo e produzem alimentos para abastecer a cidade. “A questão mais importante é que a maior parte dos alimentos consumidos hoje no estado é produzido pela agricultura familiar. Essas famílias enfrentam todo tipo de dificuldade quando ocorre algum problema climático ou de mercado, não têm nenhuma segurança para dar continuidade à sua produção”, ressaltou.

Ainda segundo o parlamentar, a proposta trabalha com a perspectiva de que a garantia de renda no campo também terá influência sobre as populações urbanas. Além da manutenção de um nível constante de produção de alimentos, a expectativa é de que a medida reduza o êxodo rural e amplie a quantia de recursos que circula vinculada à agricultura familiar.



quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Datafolha e Ibope: Dilma está com 54% e Aécio, 46%


Pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas nesta quinta-feira (23) mostram que a candidata Dilma Rousseff (PT) aparece pela primeira vez neste segundo turno à frente do candidato Aécio Neves (PSDB) mesmo se for levada em conta a margem de erro de dois pontos. No Ibope, Dilma tem 54% dos votos válidos e Aécio, 46%; no Datafolha, a petista tem 53% e o tucano, 47%. 

Em todos os outros levantamentos anteriores feitos pelos institutos no segundo turno havia um empate técnico dentro do limite da margem de erro entre os dois candidatos.

Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.
Em votos totais, Dilma tem 49% e Aécio, 41% no Ibope. No Datafolha, Dilma tem 48% e Aécio, 42%.

Confira todos os números:

VOTOS VÁLIDOS
Dilma Rousseff (PT) – 54%
Aécio Neves (PSDB) – 46%

VOTOS TOTAIS
Dilma - 49%
Aécio - 41%
Branco/nulo - 7%
Não sabe/não respondeu - 5%
O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 203 municípios entre os dias 20 e 22 de outubro. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01168/2014.

VOTOS VÁLIDOS
Dilma Rousseff (PT) – 53%
Aécio Neves (PSDB) – 47%

VOTOS TOTAIS
Dilma - 48%
Aécio - 42%
Em branco/nulo/nenhum - 5%
Não sabe - 5%

O Datafolha ouviu 9.910 eleitores em 399 municípios nos dias 22 e 23 de outubro. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01162/2014.

Fonte: G1